Após
o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciar
desistência de disputar a presidência da República, o senador Humberto Costa
(PT) levou ao plenário da Casa, nesta terça-feira (8), a defesa da aliança
entre o PT e o PSB em Pernambuco. Na tribuna, o petista ressaltou que o momento
do País pede união de forças progressistas para barrar a agenda de retrocessos
imposta pelo presidente Michel Temer (MDB) no Brasil.
Para
o senador, PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL, PCB e PCO deram início, no plano
nacional, a construção de uma frente de esquerda com a finalidade de defender a
democracia e “defender a retomada de um projeto interrompido de País”.
“É
uma coalizão de forças que, quando couber, deve ser repetida nos Estados. E eu
entendo que isso deve ocorrer em Pernambuco, onde o PDT e o PCdoB já formam uma
aliança com o governador Paulo Câmara, do PSB”, disse.
Humberto
Costa também afirmou que o PT no Estado deve amadurecer o diálogo interno em
favor da construção de um plano de governo para oferecer a Câmara, como forma
de abrir uma discussão sobre uma aliança em Pernambuco. “Sozinho, o nosso
partido não terá a força necessária para enfrentar as candidaturas que
representam o projeto de Temer em Pernambuco, ficará isolado e corre o risco de
impor um sério revés à formação das suas bancadas estadual e federal”, disse o
senador.
No
entendimento de Costa, o melhor caminho para os petistas pernambucanos “é
integrar um bloco sólido de defesa de um projeto para o Estado e para o Brasil
no qual o PT terá um papel protagonista para devolver a Pernambuco o fantástico
desenvolvimento econômico e social que experimentou anos atrás”.
“É
hora de deixarmos de lado as divergências, o radicalismo e os personalismos
para convergirmos a um objetivo comum, que é derrotar a agenda do governo
Temer. Em Pernambuco, é necessário reconhecer que o PSB e o governador Paulo
Câmara têm feito gestos em favor dessa aliança com o PT. É preciso, agora, que
nós discutamos o tema e coloquemos os interesses da população, do Brasil, de
Pernambuco, de Lula e de sua candidatura à presidência antes dos partidários e,
principalmente, antes dos pessoais”, avisou o senador.
O
parlamentar é um dos fiadores da costura com o PSB, que pode viabilizar a sua
reeleição, visto que uma ala do PT pleiteia uma das vagas ao Senado para ele. O
PSB já sinalizou positivamente. Uma aliança entre PT e PSB ainda impactaria na
candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) ao Governo do Estado.
Apesar da indefinição, a vereadora vem andando por Pernambuco na tentativa de
viabilizar o seu nome para a disputa.
A
decisão sobre se o partido terá ou não candidatura própria deve sair em
encontro dos petistas, no dia 10 de junho. No último sábado (5), membros do PT
de Pernambuco entraram em consenso e adiaram a reunião que deve definir os
rumos da legenda. A data – 12 de maio – foi remarcada após negociação entre o
grupo que defende a postulação de Marília Arraes e a ala que prefere apoiar a
reeleição de Paulo Câmara (PSB).
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