O
deputado federal e pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair
Bolsonaro, disse que as execuções autorizadas pelo presidente Ernesto Geisel
contra opositores da ditadura militar no Brasil eram como uma punição utilizada
por pais em filhos: “Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se
arrependeu? Acontece”, disse.
A
declaração vem na esteira da revelação de um documento da CIA que afirma que
Geisel, ao assumir o governo, deu continuidade à política de execuções
praticadas por seu antecessor.
“Esse
pessoal que disse que matamos naquele momento, que desapareceu, caso estivesse
vivo por um motivo qualquer, estaria preso acompanhando o Lula lá em Curitiba.
Essas pessoas não têm qualquer amor à democracia e à liberdade. Eles querem o
poder absoluto”, disparou Bolsonaro atestando todo o autoritarismo de sua
pernosalidade.
História - Em
1975, Vladimir Herzog (jornalista, professor e cienasta) foi escolhido pelo
secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da
TV Cultura. Em 24 de outubro do mesmo ano, foi chamado para prestar
esclarecimentos na sede do DOI-Codi sobre suas ligações com o Partido Comunista
Brasileiro (PCB). Sofreu torturas e, no dia seguinte, foi morto. A versão
oficial da época, apresentada pelos militares, foi a de que Vladimir Herzog
teria se enforcado com um cinto, e divulgaram a foto do suposto
enforcamento. Agora sabe-se que os generais mandaram matar, ou na versão
de Bolsonaro, dar “um tapa no bumbum”.
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