quinta-feira, 26 de abril de 2018

Oposição deve decidir candidato entre Armando e Mendonça


       A frente de oposição "Pernambuco Quer Mudar" deve optar entre o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o deputado federal Mendonça Filho (DEM) para ser o nome da sua chapa ao Governo do Estado. Embaraçado num imbróglio jurídico que já dura 9 meses trazendo desgaste para o grupo, o senador Fernando Bezerra Coelho (um dos mais cotados) não conseguiu ter o controle do MDB e acabou perdendo espaço.

Na presente fase da corrida eleitoral, tanto Armando quanto Mendonça cacifaram suas estruturas partidárias durante a janela, o que deu mais peso às suas postulações. Com o recuo de FBC, que tem mandato até 2022, os nomes cogitados para liderar o grupo nessa eleição vão para o "tudo ou nada".

O palanque das oposições previu fazer esse anúncio no último dia 20, mas a briga jurídica pelo controle do MDB impediu Fernando de trazer garantias ao grupo. A perda de espaço ficou tão visível que essa semana, quando o presidente Michel Temer consultou os dirigentes estaduais da sigla sobre seu projeto de reeleição, o diretório de Pernambuco estava ausente. O senador Romero Jucá havia feito diversos anúncios de que FBC seria candidato ao Governo do Estado, mas nenhum dos seus prazos se cumpriu.

Além disso, Fernando não conseguiu filiar os filhos, o ex-ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, e Antônio Coelho. Agora, a informação é de que ambos já iniciaram campanha para a chapa proporcional, descartando a possibilidade de compor na vice. Restou ao senador lutar para empurrar para a oposição o tempo de TV do partido. Caso consiga, seria um prejuízo inédito para Frente Popular, que disputou as últimas eleições com programas eleitorais extensos.

A indefinição entre Armando e Mendonça foi confirmada por integrantes da Frente Pernambuco Quer Mudar, tanto por pesquisas de consumo interno, quanto pelo desempenho público de ambos. A expectativa, no entanto, é de que a cabeça de chapa fique com o petebista, as duas vagas do Senado com o democrata e com o ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) - cujo tempo de TV e a prefeitura de Caruaru garantem ao partido peso suficiente para integrar a majoritária.

Sem a força do mandato, o empresário Carlos Augusto (PV) é um dos favoritos para ocupar a vice, mas também é possível ter o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB), devido ao peso histórico.

Candidato natural, por ter enfrentado Paulo Câmara em 2014, Armando reúne no seu entorno PTB, PRB, Podemos e Avante. Nos bastidores, cogita-se que ele poderá pedir voto para o candidato a presidente do PT, o que traria para a sua candidatura a imagem do ex-presidente Lula, popular no Nordeste.

Já Mendonça vai para a disputa tendo a recente passagem de quase dois anos pelo Ministério da Educação, o que catapultou a sua influência. A presença da deputada Priscila Krause (DEM) e a filiação dos filhos do senador Fernando Bezerra Coelho no DEM também pesam na balança a favor de Mendonça. Do blog da Folha.

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