quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Aumento de tarifa de moto-táxi foi feita sem aprovação da Câmara de Vereadores

Foto arquivo
         A depender da lei que criou o serviço de mototáxi em Arcoverde e o Decreto 175/2012, o aumento no valor da tarifa do serviço de mototáxi no município não tem validade, já que deveria ter sido aprovado pela Câmara de Vereadores, o que não aconteceu.

Esta semana, passando por cima do Poder Legislativo, a Autarquia de Trânsito e Transporte de Arcoverde – Arcotrans, tomou para si o poder de legislar e legalizou o aumento de cerca de 34% no valor da tarifa que passou de R$ 3,00 para R$ 4,00 das 05h às 23h em todos os dias da semana e de R$ 3,50 para R$ 5,00 das 23h até as 05h, representando um reajuste de cerca de 43%.

O alerta foi feito pela vereadora Zirleide Monteiro (PTB), que disse concordar que os insumos (gasolina, manutenção e depreciação dos veículos) aumentaram desde o último reajuste aprovado pela Câmara de Vereadores e que o valor precisa ser adequado a realidade econômica, mas a lei tem que ser cumprida. “A prefeitura ou a Arcotrans não podem legislar ao seu sabor, aumentando o custo das passagens para os usuários sem avisar antes a população e ter a aprovação da Câmara de Vereadores”, disse a parlamentar.

O reajuste foi anunciado em sites e blogs da cidade, mas no site oficial da prefeitura não consta nenhuma informação, aviso ou notícia sobre o aumento de passagens, embora que, segundo a população, hoje as tarifas definidas em lei não são cumpridas e nem a Arcotrans fiscaliza essas questões.

Segundo a lei que regulamenta esse serviço no município, em caso de cobrança abusiva, o usuário deve anotar o número do alvará do condutor ou da placa da moto e comunicar a Arcotrans. Se for comprovada a irregularidade, o condutor pode ser punido com multa ou suspensão da licença.

Hoje existem 319 mototaxistas legalizados em Arcoverde distribuídos em 20 pontos na cidade. O mais recente foi criado no Residencial Maria de Fátima.